Depois do susto, o alívio. O Brasil estreou com vitória sobre o Chile por 7×4 (gols de Fernando DDI (2), Datinha, Bruno Xavier, Daniel, Sidney e Rodrigo, para os brasileiros, Echeverria (2), Flores e Bolívar, para os chilenos), na manhã deste domingo, dia 1º de fevereiro, na abertura da Copa Sul-Americana de Beach Soccer, na arena montada na Praia do Pina, em Recife (PE). A Seleção Brasileira chegou a estar perdendo por 3×0 no fim do primeiro período, mas se recuperou e, diante de mais de 2.500 torcedores, virou e goleou os visitantes. O Brasil volta a jogar na próxima terça-feira, dia 3, enfrentando a Bolívia a partir das 15h30min (16h30min no horário de Brasília). O campeonato é preparatório para a Copa do Mundo FIFA Portugal 2015, que será disputada de 9 a 19 de julho, nas areias de Espinho. O campeão em Recife será cabeça-de-chave 1 no sorteio das Eliminatórias, que acontecem de 12 a 19 de abril, em Manta (Equador). O campeonato prossegue nesta segunda-feira, dia 2, com mais duas partidas: Uruguai x Bolívia (às 14h15min / 15h15min no horário de Brasília) e Argentina x Paraguai (15h30min / 16h30min no horário de Brasília) – entrada franca. A vitória foi ainda mais especial para o pernambucano Fernando DDI, que jogou diante de familiares, amigos e conterrâneos.
- Para mim foi muito especial, não só para mim, mas para o Rafael, goleiro, e o Felipe, fisioterapeuta. Nossas famílias e amigos estavam aqui hoje. Falei para todos que, aqui em Recife, a torcida vem só para nos apoiar, torce o tempo todo e é bom poder retribuir esse carinho com uma vitória – comentou o defensor, que marcou duas vezes na goleada brasileira.
- Não é a primeira vez, Isso está acontecendo sempre. Começamos bem os jogos, abrimos três, quatro gols, jogando fácil, mas aí o time começa a dar espaços. O Chile mudou seu estilo de jogo nos últimos anos e vem mostrando que tem um grupo, apesar de jovem, de muita qualidade. Temos que melhorar bastante nesse ponto, conseguir manter o controle do jogo para vencer – afirmou o camisa 1, Echeverria, visivelmente chateado com o resultado.
Havia quatro anos que Brasil e Chile não se encontravam nas areias (a última foi em Copacabana, nas Eliminatórias 2011, com vitória brasileira por 10×4). Na área VIP, Wagner, ex-goleiro bicampeão mundial com o Brasil (2008/2007), era um dos convidados ilustres. Fernando DDI, logo aos cincos segundos, bateu forte para testar Echeverria. Era apenas a primeira das muitas excelentes defesas do camisa 1 chileno durante toda a partida. A resposta veio com Estay, de bicicleta, obrigando Mão a se esticar todo para evitar. O Brasil dominava, arriscava chutes de longe, Bruno Xavier cobrou falta, Echeverria espalmou e a bola ainda bateu na trave. A estratégia do Chile era simples: marcar forte buscando saídas em velocidade. Deu certo. No contra-ataque rápido, Alberto Echeverria, irmão do goleiro, tocou na saída de Mão: 1×0, aos 4’11″. A Seleção Brasileira tocava bola, tentava abrir espaço, mas esbarrava na forte retranca dos rivais. Anderson tentou de bicicleta, mas parou nas luvas de Echeverria. O outro Echeverria, o camisa 3, apareceu de novo para marcar: 2×0, aos 7’59″. E o Chile ainda aumentou com Bolívar, de cabeça: 3×0, aos 8’46″, placar do primeiro tempo.
Veio e o segundo tempo e o Brasil não tinha outra coisa a fazer senão atacar, fazer gols. E fez. Depois de bela triangulação no ataque, Datinha recebeu, levantou a bola e acertou uma bela bicicleta, sem chances para Echeverria: 3×1, aos 1’17″. Com o gol, o maranhense se igualou a Zico na lista de maiores artilheiros do Brasil com 41 gols. O gol acordou a torcida, que passou a empurrar a equipe, mas Bolívar esfriou a reação em cobrança de falta perfeita, no ângulo, sem chances para Mão: 4×1, aos 2’04″. A resposta veio em seguida. Bruno Xavier recebeu de Datinha e bateu cruzado: 4×2, aos 2’36″, seu 99º gol com a camisa amarelinha. O Brasil passou a pressionar, tentava sufocar o Chile, que já mostrava sentir o desgaste com o forte calor de mais de 40º C da capital pernambucana. Echeverria estava inspirado, seguia se desdobrava debaixo das traves, até que DDI fez mais um, chutando para o gol vazio após Datinha driblar o goleiro chileno: 4×3, aos 10’40″ da segunda etapa.
Era tudo ou nada no último período para os brasileiros. Disputas mais ríspidas, jogo nervoso, os ânimos estavam mais exaltados na última etapa e o jogo ficou aberto. O Chile quase ampliou com Flores, em cabeçada à queima-roupa que Mão espalmou. O Brasil tocava a bola, não estava fácil escapar da boa marcação chilena e foi numa jogada individual que o jovem Rodrigo driblou Argote e bateu, no canto, para empatar e fazer explodir a arena: 4×4, aos 3’34″. O empate aumentou a temperatura em quadra. Bruno Xavier e Alberto Echeverria se estranharam, a rivalidade estava à flor da pele. Aos 6’, Xavier e Datinha tabelaram pelo alto, em jogada de categoria, mas o chute de Bruno saiu por cima. A virada veio aos 7’25″, depois que Sidney achou DDI entrando em velocidade, o camisa 2 dominou e bateu sem chances: 5×4. Datinha fez linda jogada individual e rolou para Sidney, quase dentro do gol, só empurrar: 6×4, aos 8’56″. Embalado pelo ‘olé’ das arquibancadas, o Brasil ainda fez mais um com Daniel, em chute de longe: 7×4, a 38 segundos do apito final.
- A ansiedade nos atrapalhou um pouco no começo. O gol não saiu, o Chile veio fechado, aproveitou as oportunidades, mas somos uma equipe concentrada, madura e unida, sabíamos que, com calma, poderíamos virar o placar. Buscamos o resultado, gol a gol, com paciência, e conseguimos retomar o controle da partida – falou Bruno Xavier, que chegou a 99 gols com a camisa amarelinha.
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