Quando o pivô Tyler Zeller colocou o Boston Celtics 16 pontos à frente do Chicago Bulls ainda no primeiro tempo, parecia que a vitória dificilmente escaparia das mãos dos donos da casa. Mas foi só impressão. Se com Derrick Rose inspirado, pelo menos no terceiro período, quando o armador anotou 12 de seus 21 pontos, já fica difícil bater a equipe do técnico Tom Thibodeau, imagina quando outros cinco jogadores do elenco também fazem a diferença. E foi justamente isso que aconteceu nesta sexta-feira. Com seis atletas anotando mais de 10 pontos e uma atuação coletiva de encher os olhos, os Bulls foram superiores nos momentos decisivos e venceram, numa virada espetacular, os Celtics por 109 a 102.
Com a vitória, a 10ª na temporada em 16 partidas, o Chicago Bulls segue na terceira colocação da Conferência Leste. Já o Boston Celtics, que somou a sua nona derrota em 13 confrontos, amarga a 11ª posição e continua longe da briga por uma das oito vagas nos playoffs.
Além de parar Rajon Rondo, Derrick Rose anotou 21 pontos na vitória do Chicago sobre o Boston (Foto: Agência Reutes)
Além de Rose, que anotou 21 e foi o responsável pela reação do Chicago no terceiro período, Joakim Noah, com 15 pontos, 14 rebotes, seis assistências e seis tocos; Jimmy Buttler, com 22; Pau Gasol, com um duplo-duplo de 15 pontos e 15 rebotes; Aaron Brooks, com outros 15 pontos e o montenegrino Nicola Mirotic, com 13 pontos, oito rebotes e cinco tocos, também firam fundamentais na vitória.
Pelo lado do Boston Celtics, Jared Sullinger foi o maior pontuador e cestinha da partida com 23 pontos. Avery Bradley, com 18, Brandon Bass, com 16 pontos e nove rebotes, e Evan Turner, que contribuiu com 13, também se destacarm.
O JOGO
Nada deu certo para o Chicago Bulls no primeiro quarto. Mesmo com seu quinteto titular em quadra , a equipe do Tom Thibodeau acertou apenas nove em 22 arremessos de quadra tentados. Melhor para o Boston Celtics, que teve um aproveitamento bem superior. Com 16 em 27, os donos da casa dominaram do início ao fim os primeiros 12 minutos e conseguiram uma confortável vantagem de 11 pontos (35 a 24).
O panorama continuou o mesmo no segundo período. Pelo menos até a metade do quarto, quando os donos da casa se aproveitaram dos erros dos Bulls e chegaram a abrir uma vantagem de 16 pontos. O jogo parecia que iria escapar das mãos do time de Derrick Rose, mas com o armador novamente em quadra no lugar de Aaron Brooks e Nikola Mirotic inspirado, as coisas voltaram ao eixo.
Se Rose nem teve tanta participação ofensiva assim na reação do Chicago, o ala-pivô montenegrino anotou sete pontos nos quase 10 minutos em que esteve em quadra e foi determinante para colocar os Bulls de volta na partida.
Antes do intervalo, Rose ainda teve uma chance de diminuir o prejuízo que era de 16 pontos para apenas quatro ou três, mas o MVP da temporada 2010/2011 desperdiçou a última bola do dos visitantes no período e a vantagem de 60 a 54 para os donos da casa acabou sendo de bom tamanho para ambos os lados.
Pelo visto o armador guardou seu arsenal para o segundo tempo. Em apenas quatro minutos jogados no terceiro período, o camisa 1 acertou duas bolas de três seguidas, anotou 12 pontos, cinco a mais do que em todo o primeiro tempo, e comandou uma corrida de 14 a 8. Com Rose inspirado, os Bulls viraram numa bola de Jimmy Buttler e assumiram a liderança pela primeira desde o primeiro quarto.
Em noite inspirada, Joakim Noah anotou 15 pontos, 14 rebotes, seis assistências e seis tocos (Foto: Agência Reutes)
Mas a reação dos Bulls parou por aí. Liderado por Avery Bradley, os donos da casa retomaram o controle da partida já com Rose no banco, fizeram 13 a 2 e abriram nove pontos de frente 81 a 72. Thibodeau parou o jogo, e o pedido de tempo surtiu efeito. O Chicago voltou melhor, reagiu e a diferença no quarto só não terminou em apenas três pontos graças a um arremesso de três de Sullinger no estouro do cronômetro.
Os Bulls voltaram com tudo para o último quarto, fizeram 7 a 0 e passaram a frente numa jogada espírita de cesta e falta do armador Aaaron Brooks. O jogo então ficou lá e cá e a diferença mudou de lado pelo menos mais três vezes. Com o Chicago em vantagem por um ponto, as duas equipes sofreram um apagão ofensivo e passaram mais de três minutos sem pontuar, até Jimmy Buttler converter uma bandeja.
A resposta dos donos da casa veio numa jogada de cesta e falta de Sulliger, que deixou tudo igual a três minutos do fim. Daí em diante foi um toma lá da cá, até Jimmy Buttler recolocar os Bulls à frente com dois lances livres convertidos a 50 segundo do estouro do cronômetro. Desta vez, a liderança não mudou mais de lado e, com uma vitória parcial de 24 a 11 nos 12 minutos finais, os visitantes levaram a melhor por 109 a 102.
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