01/10/2015

Brasil vence Argentina e garante liderança do grupo B do Sul-Americano

Clássico entre Brasil e Argentina é sempre catimbado, independentemente do esporte ou momento vivido pelas seleções. Mas, desta vez, a irritação maior das brasileiras foi com a arbitragem durante a tranquila vitória por 3 sets a 0 (25/16, 25/17 e 25/14), no Coliseu Northon Madrid, em Cartagena, Colômbia. Apesar de falarem o mesmo idioma espanhol, os árbitros aparentavam não ter um diálogo muito claro. Em algumas situações do confronto, que valia a liderança do grupo B da fase classificatória do Sul-americano, um marcou ponto para um lado, outro para o lado oposto. No final das contas, todas acabaram indo para as hermanas, gerando reclamações das atuais bicampeãs olímpicas. O técnico Zé Roberto chegou a ironizar, pedindo um desafio, mesmo sabendo que não há o recurso da tecnologia nesta competição. 
Brasil Argentina sul-americano vôlei feminino (Foto: Fabio Leme)Mari Paraíba teve boa atuação no início do primeiro set (Foto: Fabio Leme)
Com o time titular em quadra Dani Lins, Mari Paraíba, Gabi, Fabiana, Juciely, Sheilla e Camila Brait, o Brasil dominou as ações em quase todos os momentos, exceção feita a primeira metade do segundo set, quando se descontrolou com um suposto erro dos árbitros. Ao longo do confronto, Zé Roberto promoveu as entradas de Roberta, Monique, Carol e Adenízia. Mais fraca tecnicamente e sem suas principais atletas, a Argentina mostrou determinação e seu tradicional espírito de luta e seguiu à semifinal com a segunda campanha da chave B. 
CLÁSSICO DE UMA EQUIPE SÓ   
O começo de jogo foi todo de Mari Paraíba. Ora com saque bem encaixado, ora flutuando atrás da linha dos três metros, a ponteira castigou a defesa argentina (7/0). Assim como aconteceu no primeiro set contra o Chile, a equipe relaxou. Falhas de comunicação originaram erros bobos, e as rivais cresceram de produção (11/8). Zé gritou, Dani foi para o serviço, e Brasil voltou a abrir (20/12). Monique e Roberta entraram na inversão. A oposta foi responsável pelo lance mais confuso do jogo. Ao atacar uma bola do fundo e cravar na quadra das hermanas, o árbitro marcou uma invasão, mas depois voltou atrás e deu bola para o Brasil. A segunda árbitra entrou em ação, e o juiz principal novamente mudou sua decisão. Na bola seguinte, Roberta procurou Monique mais uma vez, para, agora, fechar o set sem qualquer dúvida (25/16). 
Brasil Argentina sul-americano vôlei feminino (Foto: Fabio Leme)Observado por Sheilla, Zé Roberto pede desafio após lance polêmico (Foto: Fabio Leme)
Zé manteve as titulares, e o Brasil a superioridade (5/1). No entanto, um lance mudou a história da primeira parte do segundo set. Em um ataque de Mari Paraíba, a segunda árbitra marcou toque na rede da ponteira. O time reclamou muito. De forma irônica, Zé solicitou desafio, porém o campeonato não dispõe de apoio eletrônico. A seleção se desconcentrou e sofreu a virada (8/7). A parada técnica acalmou os ânimos das meninas, sete pontos seguidos no saque de Sheilla e recuperação do marcador (14/8). Outro lance confuso em ataque da camisa 13 irritou a equipe verde-amarela. Mas, desta vez, a cabeça esteve no lugar (25/17). 
Com Carol e Adenízia nas vagas de Juciely e Fabiana, o Brasil viu a Argentina endurecer o início de jogo mais do que nos sets anteriores (4/3). Aos poucos, a variação de jogada foi aparecendo (8/5). Camila Brait e suas defesas no fundo levantaram os torcedores, que aguardavam o duelo entre Colômbia e Peru (12/6). O saque do Brasil continuou a dificultar a recepção hermana. Adenízia se aproveitou e virou um paredão na rede (16/6). O que se desenhava o set mais complicado, se tornou o mais fácil. Vitória sobre a Argentina e liderança da chave B do Sul-Americano (25/14).

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