29/01/2014

Paulo Baier decide, Criciúma vence Figueirense e lidera o Campeonato Catarinense

O torcedor do Criciúma chama o Heriberto Hülse de Majestoso. No jogo na casa tricolor, o apelido do serviu ao jogador que tem como ídolo: Paulo Baier. Foi do meia de 39 anos o gol da vitória do Tigre sobre o Figueirense (veja em vídeo abaixo). A partida pegada carecia de um personagem para não terminar em placar fechado. Aos carvoeiros nenhum jogador é tão significativo quanto Baier, o dono do tento da noite na capital do carvão. Pior para o Figueira, sofreu o 1 a 0  também pela falta de criatividade, comprovada com as finalizações concentradas em chutes de longa distância.

Com gás a mais provido por sua barulhenta torcida, o Criciúma partiu para cima no começo da partida. As boas chances que passaram pelos pés, ou perto deles, do atacante Rodrigo Silva. Passados os sustos, o Figueirense equilibrou as ações. Enquanto tentava arriscando mais de fora, o Tigre buscava a jogada aguda pela lateral direita, com Eduardo e Ricardinho. Lúcio Maranhão, centroavante alvinegro, pouco viu a bola. Com vontade dos dois lados, sobrou a pegada forte. No segundo tempo, os donos da casa foram um pouco melhores. A pequena superioridade e o apoio dos torcedores foram recompensados com o gol de Paulo Baier. O único do jogo, o bastante para definir o embate. Mais que suficiente para os carvoeiros, de campo e de arquibancada.

Com quatro pontos, o Criciúma lidera o estadual. O Figueirense fica com a quinta colocação. O fator caldeirão que deu certo contra o Figueirense, o Carvoeiro espera novamente ao seu favor. Outra vez no Heriberto Hülse, o Criciúma encara o Brusque às 17h de sábado. O Figueirense também espera contar com sua torcida na terceira rodada do Campeonato Catarinense. Às 19h30m de domingo, a equipe encara o Metropolitano no Orlando Scarpelli.

Sobrou rivalidade e pegada

As dificuldades comuns das estreias não ficaram tanto para trás. A rivalidade entre os dois times deu o tom de jogo pegado. A marcação forte e as estocadas com Eduardo pelo lado direito foram armas do Criciúma para assustar o goleiro Tiago Volpi. Aos sete, Rodrigo Silva quase completou cruzamento rasteiro efetuado pelo lateral. Aos 11, também após jogada do ala, o atacante tricolor conseguiu fazer a bola passar por Volpi, mas Nirley salvou quase em cima da linha. O Figueirense respondeu com arremates de fora e diminuiu a pressão com a marcação mais adiantada.

O Tigre passou a ter mais dificuldades e as bolas endereçada à Rodrigo Silva minguaram. No entanto, o Figueirense não conseguia chegar com perigo, pouco criativo. Camisa 9 por camisa 9, o do Figueira só sentia o cheiro da bola quando ia à sua área para compor o sistema defensivo nas bolas paradas do rival. Lúcio Maranhão também sofria porque o volante Serginho, do Criciúma, se mostrava um marcador incansável. Sobrou a rivalidade e faltou gritos de ‘uh’ dos torcedores nos primeiros 45 minutos.
À Baier o que é de Baier

Com Fernando Karanga na vaga de Rodrigo Silva, o Criciúma quis ser mais perigoso. E o ‘novo’ centroavante naquele instante se atrapalhou com passe primoroso de Paulo Baier ainda nos primeiros minutos da etapa. O Tigre deu um passo mais à frente em relação ao segundo tempo, para se aproximar mais do gol. O Figueirense teria mais espaço, mas não conseguiu aproveitar. Tinha problemas para fazer a bola chegar no seu campo de ataque. As alternativas se resumiam aos chutes de fora e bolas alçadas na área.

Para o caldeirão Heriberto Hülse pegar fogo, é preciso que algo o acenda. Assim foi o tiro de longe de Eduardo, que obrigou Volpi a fazer grande defesa aos 23. O estádio esquentou. O Criciúma foi junto, e até as redes. Lucca botou no meio da área e Paulo Baier apareceu. Encheu o pé, as redes alvinegras e o peito do torcedor carvoeiro de emoção. Eutrópio botou Vitor Júnior para estrear no fogo. Viu Lúcio Maranhão furar na única chance razoável do Figueirense no segundo tempo e Volpi trabalhar, no finzinho em boa falta cobrada por Lucca. Não deu para o Alvinegro engatar a segunda vitória. Os tricolores foram embalados pelo gol de seu ídolo e que dá a liderança temporária do Catarinense.

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