31/03/2013

Atlético-MG atropela Tupi e se classifica para às semifinais do Mineiro


Caiu no Horto ‘tá’ morto”! O cântico que vem ecoando desde a temporada passada no Independência novamente foi ouvido em mais um jogo do Atlético-MG. E nem o clima de Domingo de Páscoa foi capaz de evitar que o Galo da capital fosse solidário ao Tupi, que sucumbiu ao melhor futebol do time de Cuca. A goleada por 4 a 1 fez justiça ao bom trabalho que os atleticanos vêm fazendo na temporada, chegando à 11ª vitória consecutiva no ano, sendo a 42ª partida sem derrota como mandante. Resultado que garante a equipe nas semifinais do Mineiro. A única notícia ruim ficou por conta de Bernard, que saiu de campo com o ombro esquerdo lesionado.
Réver, Jô, o estreante Josué e Ronaldinho Gaúcho fizeram a alegria do torcedor atleticano, que compareceu em bom número ao estádio, mesmo sob chuva em boa parte da tarde em Belo Horizonte. Alonso descontou para o time visitante, no fim da partida. A vitória fez o Galo da capital encostar novamente no rival Cruzeiro na tabela de classificação. O Atlético-MG chegou aos 21 pontos contra 22 da Raposa. O Tupi permanece na sexta colocação, com 12 pontos.
Diego Tardelli jogo Atlético-MG Tupi (Foto: Paulo Fonseca / FuturaPress)Tardelli tentou, mas não conseguiu deixar o dele na goleada  (Foto: Paulo Fonseca / FuturaPress)

O Atlético-MG volta as atenções para a Taça Libertadores e encara o Arsenal (ARG) na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Independência. O Tupi terá a semana toda para se preparar para o duelo contra o Araxá, em Juiz de Fora, no sábado, às 16h.
O dia era de estreia no Atlético. O experiente Josué chegou ao clube no início da semana passada, contratado junto ao Wolfsburg, da Alemanha, e assumiu a vaga de Pierre, suspenso. O time comandado por Cuca ainda teve Richarlyson na lateral esquerda - ele colocou Junior Cesar no banco de reservas. E o zagueiro Leonardo Silva, também suspenso, deu lugar a Gilberto Silva.

Como já vem sendo marca registrada, o Galo começou a partida na pressão. Antes dos primeiros 15 minutos de partida, chegou com perigo ao ataque em três oportunidades, sendo duas com Jô, que parou no goleiro Tadeu, e uma com Bernard, que finalizou na zaga, e a bola passou perto do gol.

Mas uma escrita vem sendo mantida. Se os atacantes não conseguem marcar, chamem o zagueiro Réver. Depois de uma troca de passes na entrada da área, o capitão alvinegro bateu de chapa, de primeira, e colocou na gaveta. Tadeu nada pôde fazer. Foi o quinto gol do defensor no Mineiro, que divide a artilharia da competição com Fábio Júnior, do América-MG, e o sexto dele na temporada. Um dos artilheiros do time no ano, está a um gol de se igualar a Luizinho, ex-jogador do Galo na década de 80, como o zagueiro que marcou mais gols na história do clube (foram 21).

Jô, que não marcava desde o dia 7 de março, quando anotou o primeiro da vitória por 2 a 1 sobre o Strongest (BOL), em Belo Horizonte, voltou a balançar as redes. Ronaldinho Gaúcho cobrou a falta no travessão, a bola ganhou altura, e o goleiro Tadeu não conseguiu alcançar. O camisa 7 subiu mais que todo mundo e tocou de cabeça, por cima do goleiro, se igualando a Réver na artilharia da temporada.

O time de Juiz de Fora não conseguia fugir da pressão do Atlético-MG e era completamente envolvido pela constante movimentação atleticana. Com a vitória parcial, o clima era de festa para a torcida, mas um lance assustou quem estava no estádio: Bernard dividiu com o zagueiro Thales e caiu de mau jeito, sofrendo uma luxação no ombro esquerdo, que se deslocou.

O torcedor lamentou bastante quando R10 fez sinal pedindo mudança. Luan entrou em campo sob o temor da torcida em perder um dos titulares para a Libertadores. O departamento médico do clube alertou que o jogador é dúvida para o jogo no meio de semana.
O técnico do Tupi, Felipe Surian resolveu mexer para tentar mudar a sorte. Michael Douglas e Paulinho deixaram a equipe para as entradas de Maguinho e Igor. E as mudanças surtiram efeito na questão territorial, já que o Galo Carijó passou a ocupar mais espaço no campo de defesa do time da casa.

Jô passaria Réver na artilharia logo aos nove minutos da segunda etapa se não fosse o erro do auxiliar Marcus Vinicius Gomes, que assinalou impedimento inexistente no gol do atacante atleticano. Quatro jogadores do Tupi davam condição ao jogador do Atlético-MG.

O estreante do dia não poderia ter melhor tarde. Além de fazer a torcida nem sentir falta de Pierre, tamanha a vontade e pegada na marcação no meio-campo, Josué pegou rebote de chute de Jô e tocou para o gol, ampliando o placar.

Mas faltava o 'dele'. Depois de ter sido poupado diante do Nacional, em Patos de Minas, Ronaldinho Gaúcho voltou ao time com a sua marca registrada: apenas um toque de classe, na saída de Tadeu, que nada pôde fazer. O quarto gol nasceu de um impedimento do atacante Diego Tardelli, que o mesmo assistente não marcou. Jô fez um corta-luz antes do toque fatal de R10, que comemorou fazendo careta, em homenagem ao ex-jogador Lela, pai dos irmãos Alecsandro e Richarlyson, colegas de time. O Tupi ainda conseguiu diminuir, com Alonso, marcando o gol de honra em cobrança de falta aos 43 minutos, a la Ronaldinho - bola por debaixo da barreira. Mas foi só. E a torcida atleticana comemorou mais um chocolate atleticano em pleno domingo de Páscoa.
GE

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