29/11/2017

Grêmio volta a vencer o Lanús e é tricampeão da Libertadores



O Grêmio pode não ter acabado com o planeta, como a torcida brincava durante a campanha na Copa Libertadores, mas ao menos a América do Sul saúda o Imortal após a noite desta quarta-feira, 29. Após a vitória por 2 a 1 contra o Lanús (ARG), em pleno estádio La Fortaleza, a equipe gaúcha colocou mais uma estrela no peito.

No Rio Grande do Sul, o time tricolor já havia vencido por 1 a 0 e jogava só pelo empate. Contudo, mostrou grande futebol e provou porque era o favorito à conquista. O sempre copeiro Grêmio jogou contra uma equipe que se apequenou dentro dos próprios domínios e não conseguiu justificar, dentro de campo, porque era finalista da Libertadores.

Só deu Grêmio
A equipe tricolor sentia como se estivesse em casa. É bem verdade que a torcida se fez presente em número surpreendente, o que deu moral para os atletas dentro de campo. Nas ruas de Porto Alegre e na Arena do Grêmio, tricolores que não puderam viajar para a Argentina tomaram todos os espaços, assistindo ao jogo pelos telões.

A postura gremista foi de um verdadeiro campeão, do início ao fim do primeiro tempo. Era o time visitante que dominava o jogo e botava as cartas na mesa. Com boa troca de passes, o time chegava na área adversária o tempo todo, como se não tivesse a vantagem da vitória por um gol em Porto Alegre.

Aos 26 minutos, a audácia deu resultado. Fernandinho roubou bola no meio-de-campo e correu em direção ao gol. Ele tinha opções para tocar, mas assumiu a responsabilidade e fuzilou as redes, calando o lotado estádio argentino.

Ainda no primeiro tempo, aos 41, golaço de Luan. Ele recebeu passe de Jailson, avançou dentro da área, fintou a defesa e, cara a cara com o goleiro, teve a tranquilidade para dar um toquinho que encobriu Andrada e ampliou o placar à favor do tricolor.

Aí foi só esperar o árbitro decretar o fim da etapa inicial

Com emoção

A vitória do Grêmio não foi tão tranquila, principalmente graças ao segundo tempo. O time abdicou do ataque para defender, e o Lanús foi beliscando até, finalmente, conseguir colocar um pouco mais de emoção na partida.

Aos 26 minutos, Jailson derrubou Acosta dentro da área. Sand cobrou a penalidade e converteu. Aos 37 minutos, Ramiro levou dois cartões, um por falta e outro por reclamação, acabando expulso de campo.

Ingredientes para que a partida ficasse favorável ao time argentino. Contudo, a experiência e a qualidade dos dez homens restantes de Renato Gaúcho souberam segurar as pontas. Mais do que isso: ainda incomodaram nos contra-ataques e por detalhes não marcaram o terceiro gol.

Nada tiraria o título do Grêmio. Uma campanha maiúscula, com a cara do time copeiro e guerreiro que nunca deixou de acreditar. Após 22 anos, o time gaúcho volta a conquistar a América. Quando o árbitro apitou o final do jogo, lágrimas já lavavam o rosto de Renato Gaúcho há muito tempo. Ele sabia que seria campeão da Libertadores como técnico, 34 anos após tê-lo sido como jogador.

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