Pela 23ª vez na carreira, Rafael Nadal disputará uma final de Grand Slam. O número 1 do mundo garantiu seu lugar na decisão do US Open ao derrotar o argentino Juan Martin del Potro por 4/6, 6/0, 6/3 e 6/2 em 2h30. Bicampeão nos anos de 2010 e 2013, Nadal jogará a final em Nova York pela quarta vez na carreira, a primeira desde seu segundo título há quatro anos.
Em número de finais de Grand Slam, Nadal fica a atrás apenas de Roger Federer, que apareceu em 29 decisões ao longo da carreira e é o recordista na Era Aberta. Vice-campeão na Austrália e vencedor de Roland Garros este ano, o espanhol só havia disputado três finais de Slam na mesma temporada em 2011.
Em busca de seu 16º título de Slam, Nadal enfrenta o 32º colocado sul-africano Kevin Anderson na final. O espanhol venceu todos os quatro duelos anteriores contra o gigante de 2,03m e um dos melhores sacadores do circuito. Os dois jogadores têm a mesma idade, 31 anos.
O US Open foi último dos quatro Grand Slam a ser conquistado por Nadal, que ergueu o primeiro de seus dois troféus em 2010, três anos antes de voltar a ser campeão. Caso consiga o terceiro título em Nova York, este será seu segundo evento mais vitorioso. O Rei do Saibro conquistou Roland Garros dez vezes, além de ter dois títulos em Wimbledon e apenas um na Austrália.
No circuito, já são 73 títulos para Nadal, que irá disputar a final de número 109. Vencedor de quatro torneios na temporada e vice em outros três, o espanhol vive um incômodo jejum de títulos em quadras duras desde janeiro de 2014 em Doha. Ele precisa de apenas mais quatro troféus para se igualar a John McEnroe como o quarto maior vencedor da Era Aberta.
A vaga na decisão também faz com que Nadal amplie sua diferença para Roger Federer no ranking. O espanhol já está com 8.665 pontos e pode chegar a 9.465 em caso de título. Já o suíço, que foi eliminado por Del Potro nas quartas de final, estaciona nos 7.505 pontos.
Nadal começou a partida disposto a seguir o plano tático que já havia treinado no dia anterior: Devolver os saques bem atrás da linha de base e pressionar o segundo saque de Del Potro. O que o espanhol não contava era com a consistência do argentino no lado esquerdo, que sustentava as trocas de bola, mesmo sem muita força. Firme também em seus games de serviço, Delpo sequer enfrentou break points no set inicial e contou com a sorte quando teve a chance de quebrar, graças a uma bola que tocou na fita.
A partir do segundo set, Nadal passou a variar mais a direção dos golpes e se defendia muito bem do forehand do argentino a ponto de induzir o rival aos erros. Por sua vez, Del Potro caiu de rendimento, e até mesmo o saque já não tinha a eficiência de outrora e a parcial foi definida em 27 minutos. Durante o segundo set, o espanhol só perdeu dois pontos nos games de saque.
O número 1 do mundo também não enfrentou break points no terceiro set, em que quebrou rapidamente e abriu 3/0. Del Potro conseguiu levantar um 15-40 no quarto game, evitando que o espanhol vencesse dez games em sequência. Enquanto o argentino já dava sinais de desgaste e dependia demais de seu saque, o espanhol seguia chegando em todas as bolas e esperando o momento certo para a definição.
O quarto set foi meramente protocolar. Nem mesmo a recuperação que Delpo havia mostrado na parcial anterior era visível. Nadal perdeu apenas um ponto sacando e só foi cometer seu primeiro erro não-forçado, quando já liderava por 4/1 com duas quebras de vantagem. É bem verdade que não faltou luta ao campeão de 2009, que fez de tudo, mas pouco conseguiu ameaçar o vencedor de 15 títulos de Grand Slam.
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