16/11/2015

Intelli/Orlândia segura empate com o Corinthians na prorrogação e vai à final da LNF

Foi um confronto disputado. Brigado. Literalmente, até. Ao fim da primeira etapa o duelo teve de ser paralisado. Jogadores entraram em conflito e a confusão tomou as arquibancadas. Foi preciso reforço policial para conter a confusão. Na bola, os 40 minutos de tempo regulamentar não foram suficientes: 3 a 3. Foi necessária a prorrogação para definir o Intelli/Orlândia como finalista da Liga Futsal. Mais uma vez eliminando o Corinthians, que saiu perdendo por 3 a 0, na semifinal: é a quarta temporada seguida em que isso ocorre. O tempo extra terminou em novo empate, sem gols, resultado que classificou o Orlândia. Agora, a equipe começa a decidir a LNF contra Carlos Barbosa, em casa no dia 23. 

O Corinthians poderia ter saído na frente logo aos três minutos. Nenê bateu de fora da área. A bola bateu no travessão e entrou, mas a arbitragem não viu dessa maneira. Assim, o 0 a 0 permaneceu no placar por mais um minuto, quando o Intelli/Orlândia marcou o primeiro. Gadeia recebeu à frente da área e fuzilou de canhota: 1 a 0. O jogo seguiu disputado, parelho e com algumas chegadas mais duras de ambos os lados. Até que, com 15 minutos de bola rolando, um lance incrível: Ciço recebeu de frente pro gol e mandou uma bomba na trave. A baliza de Guitta ainda balançava quando ele recebeu o recuo dentro da própria área e chutou, encobrindo o arqueiro adversário. A bola, caprichosa, foi beijar o travessão do Orlândia, se negando a entrar pela segunda vez em menos de 10 segundos. 

O primeiro tempo se encaminhava para o fim, mas aí começou a confusão. Em um lance na beira da quadra, Neto e Gadeia se estranharam. A briga foi comprada pelos companheiros e tomou maiores proporções. Um torcedor chegou a invadir a quadra para participar da briga, empurrando uma das placas de publicidade contra os jogadores que se atracavam. Quando tudo se acalmou dentro de quadra, o ala Dieguinho, do Intelli/Orlândia, delatou o invasor, que foi imobilizado pelos seguranças da equipe mandante. A cena inflamou os ânimos nas arquibancadas e membros de uma torcida organizada do Corinthians partiram para cima dos seguranças do Orlândia enquanto o corre-corre tomava conta do ginásio. Um reforço policial foi chamado e conseguiu, rapidamente, debelar a confusão.

Durante a paralisação, o supervisor do Intelli/Orlândia, Carlos Silva, falou sobre a segurança do ginásio em Uberaba e defendeu a torcida única nos jogos de futsal: 

- Na verdade, no estado de Minas eles trabalham com seguranças e guarda municipal dentro do ginásio e, externamente, com policiais. Acho que vai ter uma reunião dos supervisores nesta semana. Temos que nos reunir e entender que o futsal não comporta duas torcidas. Pode ser onde for, com separação policial, não dá. A gente vê isso no campo: a torcida ir pra cima de alambrado, de policial. Temos que entender que estamos mexendo com vidas, seres humanos. Aqui a gente tem nossa família, a família do pessoal do Corinthians... Tem que ser torcida única sempre, independente de onde seja. A gente tem que entender que isso aí é uma torcida de campo, estão habituados com isso aí. Fizemos de tudo. Mas isso nós não conseguimos impedir. Acontece no parque São Jorge. Vai acontecer onde quer que seja porque um ginásio de esportes não comporta duas torcidas - declarou o dirigente.


O ala Simi, do Corinthians, reconheceu que o comportamento dos jogadores em quadra, com ânimos à flor da pele, foi determinante para que a briga chegasse também às arquibancadas: 

- Concordo (que os jogadores têm responsabilidade pelo que aconteceu nas arquibancadas). Falei ali. Eu reuni os jogadores da Intelli e os nossos jogadores e falei pra nós competirmos, mas sem faltar com respeito a ninguém. Tudo que nós fizermos dentro da quadra vai refletir fora. Se nós nos respeitarmos como foram todos os jogos entre Corinthians e Intelli, não vai acontecer nada nas arquibancadas. Agora, é uma semifinal, é absolutamente normal os jogadores estarem pilhados. Então, nós temos que tomar um pouco mais de cuidado - contou o jogador.


Com o reinício do jogo - restando menos de 30 segundos para o fim da primeira etapa - Neto, do Corinthians, Deivid e Gadeia, do Orlândia, foram expulsos por conta do conflito. 

Com isso, o Intelli terminou o primeiro tempo e foi obrigado a começar o segundo com apenas dois jogadores de linha em quadra. Mas resistiu bravamente à pressão corintiana. Não só passou ileso como parece ter ganho forças para ampliar a vantagem. Aos nove da segunda etapa, Ciço recebeu após triangulação e só colocou: 2 a 0 para o Intelli. Logo depois, foi a vez de Douglas mandar de bico, sem chances para Guitta após roubada de bola no campo ofensivo. Com 3 a 0 no placar, a torcida de Orlândia começou a provocação aos gritos de "Eliminado!". Mas o futsal é traiçoeiro. E, com goleiro-linha em quadra, o Corinthians foi buscar a improvável reação. Deives e Elisandro, aos 13 e aos 16 respectivamente, diminuíram a desvantagem. Quando faltavam pouco mais de dois minutos para o fim de jogo, Leandro, o gol-linha, recebeu de frente e deu um biquinho no canto para empatar o jogo e levar para a prorrogação. 

No tempo extra, o Timão precisava marcar, já que, por ter a melhor campanha, o Intelli/Orlândia tinha a vantagem do empate. Chegou a criar chances, mas parou no goleiro Du. No final da primeira etapa da prorrogação, Nenê foi expulso e deixou o Corinthians com um a menos. No segundo tempo do período de desempate, a equipe do Parque São Jorge voltou a usar o goleiro-linha, mas não conseguiu furar a forte defesa do Intelli, que ficou com a vaga na decisão. 

As finais da Liga Futsal ocorrem nos dias 23 e 30 de novembro. O Intelli/Orlândia começa a decidir o título em casa. A partida decisiva do campeonato será realizada em Carlos Barbosa.

 LANCE!

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