12/09/2015

Venezuela vence o Canadá, garante vaga nas Olimpíadas e vai à final da Copa América

 Venezuela conseguiu um feito considerado improvável. Venceu o Canadá por 79 a 78 nesta sexta-feira, na Cidade do México, garantiu vaga na final da Copa América, neste sábado, às 22h30 (de Brasília), contra Argentina ou México, mas essa conquista vai além. O resultado encerrou uma espera que durava desde 1992 e carimbou o passaporte da seleção venezuelana para os Jogos Olímpicos do Rio 2016, com direito a choro e show do técnico Nestor Garcia, frieza de Gregory Vargas no lance livre decisivo e a superação sobre um adversário considerado favorito, contando nove jogadores que atuam na NBA, a liga americana de basquete.
Graterol marcou 20 pontos e John Cox, primo de Kobe Bryant, fez 14, mas o grande responsável pela reação na reta final foi Guillent, com 19 pontos e cestas de três decisivas. Olynyk acabou sendo uma estrela solitária no Canadá, que agora vai disputar o Pré-Olímpico Mundial em julho do ano que vem. Ele conseguiu 34 pontos e 13 rebotes, em uma noite decepcionante de Andrew Wiggins, melhor calouro da última temporada da NBA, com nove pontos.
Jogadores da Venezuela comemoram a classificação para os Jogos de 2016 (Foto: YURI CORTEZ / AFP)Jogadores da Venezuela comemoram a classificação para os Jogos de 2016 (Foto: YURI CORTEZ / AFP)
O equilíbrio marcou o começo do confronto. Com uma defesa forte, a Venezuela conseguiu impedir o jogo de transição do jovem time do Canadá, recheado de jogadores que atuam na NBA. Com o controle do ritmo, o time conseguiu surpreender, com boas atuações do pivô Graterol e do armador Gregory Vargas. 

No fim do segundo quarto, a Venezuela conseguiu terminar à frente, com uma cesta de três de Guillent no último segundo, liderando por 38 a 37. O único jogador do Canadá a conseguir vencer a marcação adversária foi o pivô Kelly Olynyk, autor de 18 pontos nos dois primeiros períodos.

A dificuldade do jogo se manteve. Olynyk continuou sendo a principal arma do Canadá. A Venezuela até teve chances de abrir vantagem, mas não aproveitou. Os canadenses fecharam o terceiro quarto à frente, com 60 a 58 no placar, deixando o confronto indefinido para os 10 minutos finais.
Anthony Bennett vai para a cesta marcado por Graterol (Foto: REUTERS/Henry Romero)Anthony Bennett vai para a cesta marcado por Graterol (Foto: REUTERS/Henry Romero)
O equilíbrio continuou. Mas o Canadá, observado pela lenda Steve Nash, hoje dirigente da seleção, conseguiu se manter em vantagem e chegou a abrir seis pontos faltando cinco minutos para o fim. Pelas mãos de Guillent e suas cestas de três, a Venezuela se manteve no jogo, contando com o apoio dos mexicanos, que estavam no ginásio para acompanhar o confronto entre México e Argentina.

A empolgação no banco da Venezuela com a vantagem de um ponto a um minuto do fim foi tão grande, que o árbitro Juan Garcia precisou fazer o técnico Nestor Garcia parar de assoviar colocando a mão na sua boca. Faltando 24 segundos, o placar apontava 78 a 78 e posse de bola dos venezuelanos. Guillent tentou o arremesso de três e, no rebote, uma falta foi marcada sobre Gregory Vargas e confirmada depois da análise do vídeo para saber se estava dentro do tempo. Ele acertou o primeiro, errou o segundo de propósito e não houve reação nos três segundos restantes. Vitória histórica por 79 a 78 e vaga olímpica assegurada, apenas a segunda vez do país nos Jogos.
Técnico Nestor Garcia ganha um cala a boca do árbitro Juan Garcia (Foto: YURI CORTEZ / AFP)Técnico Nestor Garcia ganha um cala a boca do árbitro Juan Garcia (Foto: YURI CORTEZ / AFP)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

seja o primeiro a comentar