Independência da Catalunha tira Barça do Espanhol, diz liga

Em entrevista ao jornal AS, o presidente da Liga de Fútbol Profesional (LFP), entidade que organiza o Campeonato Espanhol, afirmou que o Barcelona não poderá disputar o Campeonato Espanhol a princípio caso a região da Catalunha tenha sua independência da Espanha declarada. Segundo Javier Tebas, a única possibilidade seria um acordo especial entre os governos. Nos últimos dias, o chefe de governo da província catalã, Artur Mas, tem insistido em realizar um referendo para votar a independência em novembro.

Tebas disse que a Lei do Esporte na Espanha teria que ser modificada para que times catalães como Barcelona, Espanyol e Gimnàstic pudessem jogar o campeonato depois de uma eventual independência. Ele citou o exemplo da pequena nação de Andorra, cujos times disputam divisões do Campeonato Espanhol porque há uma "lei estabelecida especialmente para essa circunstância". "O Barcelona não poderia competir na liga espanhola, a não ser que houvesse um acordo interestatal", explicou.

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O presidente da LFP também falou de outros temas, entre eles o alto endividamento de vários clubes espanhóis com a Receita do país. Segundo ele, os times com situação mais crítica são o Racing de Santander e o Murcia, que possuem garantias insuficientes e um ritmo de endividamento que põe em risco a possibilidade das equipes de arcar com salários e impostos na próxima temporada.

Tebas também disse que times como Real Madrid, Barcelona, Sevilla e Athletic Bilbao são menos fiscalizados e precisam entregar menos documentação à LFP, por conta de serem "completamente saudáveis" financeiramente, sem problema de dívida.

Por fim, perguntado sobre o valor das contratações de Luis Suárez, pelo Barça, e James Rodríguez, pelo Real, o dirigente afirmou que ainda não sabe os números porque os dois clubes podem entregar seus balanços financeiros "depois". Tebas disse ainda que os dois gigantes do futebol espanhol "podem fazer estas contratações" e que a LFP "não olha para quanto o jogador custou, apenas se o time pode pagar".