30/04/2014

Coruripe empata com CRB e é campeão alagoano

A taça tem o poder de guardar os gritos de uma conquista. As mãos suadas dos jogadores deixam as primeiras impressões no objeto após a vitória e também vão ganhar a disputa com o tempo. Quando o título alagoano hoje conquistado pelo Coruripe for um número na galeria, o troféu vai simbolizar a glória.
No campo de jogo, o Hulk fez valer a vantagem de ter vencido o primeiro confronto com o CRB por 2 a 1 e, com um empate sem gols, garantiu o título no Estádio Rei Pelé, em Maceió, monstrando a força do interior no Campeonato Alagoano. O nome do Coruripe ficou gravado pela terceira vez na história do estadual sem ter perdido nenhuma vez para o tradicional Galo na competição.
CRB x Coruripe, no Rei Pelé (Foto: Ailton Cruz/ Gazeta de Alagoas)Coruripe afasta o perigo da área (Foto: Ailton Cruz/ Gazeta de Alagoas)
Faltou inspiração no primeiro tempo
O CRB entrou em campo com três atacantes. Henrique Dias jogava aberto pela direita, Diego Rosa ficou posicionado mais à esquerda e Denílson fazia a função de centroavante, entre os zagueiros. O Coruripe, por sua vez, iniciou o confronto recuado, com os atacantes Ivan e Etinho um pouco à frente do meio-campo.
Denílson criou a primeira chance do jogo ao cabecear aos seis minutos rente à trave do Hulk. O Galo teve outra oportunidade com Olívio, que pegou rebote aos 14 minutos na área, mas concluiu em cima do goleiro Santos. Para complicar a missão do Coruripe, o volante Jota sentiu lesão muscular e foi substituído por Jair ainda aos 26. Na reta final da primeira etapa, a partida caiu muito de produção. Os times pareciam se poupar para o segundo tempo e não criaram mais nada. A apreensão ganhava força no estádio.
CRB x Coruripe, no Rei Pelé (Foto: Ailton Cruz/ Gazeta de Alagoas)Ivan recebe a bola no ataque do Coruripe (Foto: Ailton Cruz/ Gazeta de Alagoas)
Com um homem a menos, Hulk segura empate
Técnico do CRB, Eduardo Souza não gostou da produção ofensiva de Henrique Dias e trocou o atacante por Marcelo Maciel na segunda etapa. O CRB partiu para cima, mas sem organização. O Coruripe estava preparado para bote, buscando apenas um contra-ataque para tentar ampliar a vantagem. Aos seis, Marcelo Maciel cruzou da direita e Denílson testou à direita do goleiro Santos. Serviu para animar a massa regatiana.
Ainda insatisfeito com o time, Souza substituiu o meia Geovani pelo atacante Tozin, com Diego Rosa jogando mais recuado. A ordem era imprensar o adversário. O time respondeu e quase marcou aos 13, com o próprio Tozin, que testou para baixo após cruzamento da direita de Diego Aragão e viu a bola passar muito perto do gol. Na sequência, Denílson demontrou toda a sua habilidade ao matar a bola no peito e acertar uma bela bicicleta. Se não fosse desviada pela zaga, ela iria direto no gol do Coruripe.
Aos 31 minutos, Etinho acertou Diego Aragão por trás e, como havia recebido o amarelo, foi expulso de campo pelo árbitro Francisco Carlos do Nascimento. A torcida do CRB comemorou. A pressão regatiana foi intensa na parte final do jogo, Denílson ainda acertou a trave, mas o Coruripe foi valente, fechou os espaços e conquistou o terceiro título de sua história.

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