A Seleção Brasileira masculina de vôlei segue fazendo um trabalho tranquilo na disputa da Liga Mundial. Neste sábado, em Mendoza, o Brasil voltou a derrotar a Argentina por 3 a 0 (25/21, 27/25 e 25/13), desta vez com um pouco mais de dificuldades. O segundo triunfo no clássico sul-americano em dois dias garante o time verde e amarelo na liderança do Grupo A da competição.
A partida ainda contou com momento tenso. Quando o placar estava favorável 6 a 4 para o Brasil no terceiro set, o técnico Bernardinho discutiu com seu colega de profissão, Javier Weber, e ouviu resposta pesada. O argentino se irritou com a briga e falou: "vai tomar no c..., seu filho da p...".
Eder tenta ataque contra a Argentina em vitória brasileira Foto: FIVB / Divulgação
Eder tenta ataque contra a Argentina em vitória brasileira
Foto: FIVB / Divulgação
O Brasil tem 11 pontos na liderança da chave A da Liga Mundial. A Seleção segue invicta e tem quatro vitórias, sobre Argentina e Polônia. Na próxima rodada, a equipe de Bernardinho enfrentará a França, em São Paulo, nos dias 28 e 29 de junho.
Destaque na vitória sobre a Argentina na sexta-feira, o ponteiro Lucarelli foi poupado por conta de dores na coxa. Sem o atacante, e com o levantador De Cecco distribuindo bem o jogo para os hermanos, o duelo começou equilibrado. Até que, após três pontos consecutivos de bloqueio - dois do central Éder e um do ponteiro Lipe -, a Seleção abriu 14 a 7.
Os argentinos, no entanto, não se abateram. Com apoio da torcida, passaram a forçar mais os saques e iniciaram uma reação. Com 17 a 13, o técnico Bernardinho pediu tempo para tentar consertar os erros da equipe. A bronca não surtiu efeito e a Argentina encostou: 18 a 17. O treinador brasileiro foi obrigado, então, gastar seu segundo tempo técnico.
Após a nova parada na partida, os argentinos empataram em 18 a 18. Bernardinho, então, decidiu dar uma chacoalhada na equipe e fez pela primeira vez a inversão do 5 em 1: tirou o levantador Bruninho e colocou o oposto Wallace. Em seguida, sacou o oposto Leandro Vissotto e pôs o levantador William Arjona. As mudanças agitaram a equipe, Wallace entrou muito bem e a Seleção fechou o set em 25 a 21.
Na segunda parcial, o equilíbrio continou sendo a tônica da partida. Mas o Brasil conseguiu chegar em vantagem na primeira parada técnica: 8 a 7. Porém, com De Cecco apostando num inspirado oposto Romanutti, a Argentina virou o placar e chegou na frente no segundo tempo técnico: 16 a 15.
Com 16 a 16, Bernardinho apostou novamente na inversão do 5 em 1. Dessa vez, no entanto, a mudança não surtiu o efeito do primeiro set e os argentinos fizeram 20 a 18. Logo depois, o treinador brasileiro desfez a inversão. Melhor no jogo, a Argentina abriu 24 a 21 após erro do Brasil.
Foi então que a melhor técnica dos jogadores brasileiros prevaleceu. Os comandados de Bernardinho reagiram, empataram em 24 a 24 para, logo depois, em bloqueio solitário de Bruninho, fechar em 27 a 25.
No terceiro set, o duelo seguiu muito disputado. Mas o Brasil logo abriu dois pontos de vantagem: 6 a 4. Em seguida, a Seleção parou um ataque alegando ter ouvido um apito que teria vindo da torcida. Após discussões de Bernardinho comJavier Weber, a arbitragem mandou o Brasil repetir o saque. Na jogada seguinte, o central Isac deixou a quadra durante a disputa do ponto com uma fratura exposta no quinto dedo da mão direita. Foi substituído por Maurício.
A lesão do companheiro, porém, não abalou os jogadores brasileiros. Com o jogo fluindo bem, o terceiro set acabou sendo o mais fácil da partida. Com boa vantagem no placar, a Seleção administrou a vantagem e fechou a parcial e o jogo com um 25 a 13.
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