01/01/2013

história do campeonato inglês


História do Campeonato inglês

Apesar do significativo sucesso europeu durante a década de 1970 e início de 1980, o final dos anos 80 marcou um ponto baixo para o futebol Inglês. Os estádios estavam se deteriorando, com instalações precárias e grande vandalismo. Além disso, os clubes ingleses foram banidos das competições europeias por cinco anos após a Tragédia de Heysel, em 1985. A Football League First Division estava bem atrás de ligas como a Serie A e a La Liga em termos de público e receita, e vários jogadores de alto nível foram jogar em outros países. No entanto, na virada da década de 1990, a tendência de queda estava começando a se reverter, com a Inglaterra fazendo uma boa campanha no Mundial de 1990, chegando nas semi-finais. A UEFA, organismo máximo do futebol europeu, retirou a proibição de cinco anos dos clubes ingleses jogarem nas competições europeias em 1990 (resultando no Manchester United vencendo a Recopa Europeia em 1991) e o Relatório Taylor, sobre as normas de segurança em estádios, que propôs atualizações dispendiosas para criar todos os lugares dos estádios no rescaldo do Desastre de Hillsborough, foi publicado em janeiro desse ano.
O dinheiro televisivo havia se tornado muito mais importante; a Football League recebeu £6,3 milhões por um contrato de dois anos em 1986, mas quando o acordo foi renovado em 1988, o preço subiu para R$44 milhões em um acordo de quatro anos. As negociações de 1988 foram os primeiros sinais de uma liga separatista; dez clubes ameaçaram sair e formar uma "super liga", mas foram convencidos a ficar. Como os estádios melhoraram e a média de público subiu junto com as receitas, as maiores equipes do país novamente consideraram deixar a Liga de Futebol, a fim de capitalizar o crescente fluxo de dinheiro que estava sendo bombeado para o esporte.

Fundação da Premier League


No final da temporada 1990-91, uma proposta para a criação de uma nova liga foi entregue, com a promessa de que traria mais dinheiro para os clubes. O acordo dos membros fundadores foi assinado em 17 de Julho de 1991 e estabeleceu os princípios básicos para a criação da FA Premier League. A divisão recém-formada teria independência comercial da Football Association e da Football League, dando a FA Premier League licença para negociar a sua própria transmissão e contratos de patrocínio. O argumento dado na época foi que a renda extra permitiria que os clubes ingleses competissem com equipes de toda a Europa.
Em 1992, os clubes da Primeira Divisão renunciaram da Football League e em 27 de maio de 1992, a FA Premier League foi formada como uma empresa privada. Isto significou um rompimento de 104 anos com a Football League, que tinha operado até então com quatro divisões; a partir de então a Premier League passa a operar com uma única divisão e a Football League com três. Não houve alteração no formato da competição, o mesmo número de equipes competiram na primeira divisão, e a promoção e rebaixamento entre a Premier League e a nova First Division permaneceu da mesma forma que antes, com três times rebaixados e três promovidos.
O campeonato teve a sua primeira temporada em 1992-93 e foi originalmente composta por 22 clubes. O primeiro gol da Premier League foi marcado por Brian Deane, do Sheffield United na vitória por 2 a 1 contra o Manchester United. Os 22 membros inaugurais da nova liga foram Arsenal, Aston Villa, Blackburn Rovers, Chelsea, Coventry City, Crystal Palace, Everton, Ipswich Town, Leeds United, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Middlesbrough, Norwich City, Nottingham Forest, Oldham Athletic, Queens Park Rangers, Sheffield United, Sheffield Wednesday, Southampton, Tottenham Hotspur e Wimbledon. Luton Town, Notts County e West Ham United foram os três times rebaixados da antiga primeira divisão no final da temporada 1991-92 e não participaram da temporada inaugural da Premier League.

Desenvolvimento

Devido à insistência da FIFA de que os campeonatos nacionais deveriam reduzir a quantidade de jogos disputados, o número de clubes foi reduzido para vinte em 1995, quando quatro equipes foram rebaixadas e apenas duas foram promovidas. Em 8 de junho de 2006, a FIFA solicitou que todos os principais campeonatos europeus, incluindo a Serie A italiana e a La Liga da Espanha reduzissem para 18 o número de equipes no início da temporada 2007-08. A Premier League respondeu anunciando a sua intenção de resistir a tal redução. Em última análise, a temporada 2007-08 começou novamente com 20 equipes. O campeonato mudou seu nome de FA Premier League para simplesmente Premier League em 2007. O clube galês Swansea City foi promovido à Premier League para a temporada 2011-12, sendo o primeiro fora da Inglaterra a disputar a competição. Em 20 de agosto de 2011, a Premier League teve seu primeiro jogo fora da Inglaterra, foi entre Swansea City e Wigan Athletic no Liberty Stadium, em Swansea, País de Gales.


Estrutura corporativa

A Premier League é operada como uma corporação e é possuída pelos vinte clubes participantes. Cada clube é um acionista com direito a voto em questões como mudanças de regras e contratos. Os clubes elegem um presidente, um diretor executivo, e um conselho de administração para a supervisão das operações diárias da liga. O atual presidente é Sir Dave Richards que foi nomeado em abril de 1999, e o diretor executivo é Richard Scudamore, nomeado em novembro de 1999. O ex-presidente e o ex-diretor executivo, John Quinton e Peter Leaver, foram forçados a renunciarem em março de 1999 após adjudicação de contratos de consultoria para executivos da Sky.[19] A Football Association não está diretamente envolvida nas operações do dia-a-dia da Premier League, mas tem poder de veto como acionista especial durante a eleição de presidente e diretor executivo e quando as novas regras são aprovadas pelo campeonato.
A Premier League envia representantes para a Associação de Cubes Europeus. O número de clubes e os próprios clubes são escolhidos de acordo com os coeficientes da UEFA. Para a temporada 2012-13 a Premier League teve 10 representantes na Associação: Arsenal, Aston Villa, Chelsea, Everton, Fulham, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Newcastle United e Tottenham Hotspur.[21] A Associação Europeia de Clubes é responsável por eleger três membros para o Comitê de Competições de Clubes da UEFA, que está envolvido nas operações de competições da UEFA, como a Liga dos Campeões e a Liga Europa.

Formato da competição

Existem 20 clubes na Premier League. Durante o andamento da temporada (de agosto a maio), cada clube joga duas vezes contra os outros (em um sistema de liga), uma vez em seu estádio e a outra no de seu adversário, em um total de 38 jogos. As equipes recebem três pontos por vitória e um ponto por empate. Não são atribuídos pontos para uma derrota. As equipes são classificadas pelo total de pontos, depois pelo saldo de gols, e em seguida pelos gols marcados. No final de cada temporada, o clube com mais pontos é coroado campeão. Se os pontos forem iguais, o saldo de gols e depois os gols marcados determina o vencedor. Se ainda igual, as equipes ocuparão a mesma posição. Se houver um empate para o campeão, para o rebaixamento, ou na qualificação para outras competições, um jogo em campo neutro decide a classificação. As três últimas equipes na tabela são rebaixadas para a Football League Championship, e as duas melhores equipes desse campeonato, juntamente com o vencedor das play-offs envolvendo os clubes da terceira a sexta posição no torneio, são promovidas.


A partir da temporada 2009-10 a qualificação para a UEFA Champions League mudou, os quatro melhores times da Premier League se qualificam para a competição, com os três melhores times entrando diretamente na fase de grupos. Anteriormente, apenas as duas melhores equipes eram qualificadas automaticamente. O quarto colocado entra na Liga dos Campeões na rodada de play-off de não campeões e deve ganhar um confronto de ida e volta para entrar na fase de grupos. A equipe que ficou em quinto na Premier League qualifica-se automaticamente para a UEFA Europa League e as equipes em sexto e sétimo lugar também podem se qualificar, dependendo dos vencedores e dos vice-campeões das duas copas domésticas. Dois lugares na Europa League estão reservados para o vencedor de cada uma das copas nacionais; se o vencedor da Copa da Inglaterra qualifica-se para a Liga dos Campeões, esse lugar vai para o vice-campeão, e se o vice-campeão também já está qualificado, esse lugar vai para o mais bem colocado na Premier League. Se o vencedor da Copa da Liga já está qualificado, aquele lugar vai para a próxima equipe melhor colocada no campeonato. Ainda há um lugar na UEFA Europa League disponível através da iniciativa do Fair Play. Se a Premier League tem uma equipe entre as três primeiras no ranking de Fair Play na Europa, a equipe mais bem colocada no Fair Play que não tenha se qualificado para alguma competição continental será automaticamente qualificada para a Liga Europa da UEFA na fase pré-eliminatória.
Uma exceção para o sistema usual de qualificação europeu aconteceu em 2005, depois de o Liverpool ter ganho a Liga dos Campeões no ano anterior, mas não terminou em um lugar de qualificação da Liga dos Campeões na Premier League nessa temporada. A UEFA deu dispensa especial para o Liverpool entrar na Liga dos Campeões, dando a Inglaterra cinco classificados. A UEFA posteriormente decidiu que o atual campeão se qualificaria para a competição no ano seguinte, independentemente de sua colocação no campeonato nacional. No entanto, para as ligas com quatro participantes na Liga dos Campeões, isso significava que, se o vencedor da Liga dos Campeões terminasse fora dos quatro primeiros em sua liga doméstica, ela iria se classificar à custa da equipe que foi quarta colocada no campeonato. Nenhuma associação pode ter mais de quatro participantes na Liga dos Campeões. Isso ocorreu em 2012, quando o Chelsea, que havia vencido a Liga dos Campeões anterior, mas terminou em sexto no campeonato, classificou-se para a Liga dos Campeões no lugar do Tottenham Hotspur, quarto colocado, que foi para a Liga Europa.
Em 2007, a Premier League tornou-se o maior campeonato no ranking europeu, com base nos desempenhos dos times ingleses nas competições europeias ao longo de um período de cinco anos. Isso quebrou o domínio de oito anos do campeonato espanhol, La Liga. As três principais ligas da Europa estão autorizadas a terem quatro equipes na Liga dos Campeões. Michel Platini, presidente da UEFA, propôs tomar um lugar das três principais ligas e colocá-lo para os vencedores das copas nacionais. Esta proposta foi rejeitada em uma votação numa reunião do Conselho Estratégico da UEFA.

OS ÚLTIMOS
CAMPEÕES

  1959/60 - Burnley
  1960/61 - Tottenham
  1961/62 - Ipswich
  1962/63 - Everton
  1963/64 - Liverpool
  1964/65 - Manchester Utd
  1965/66 - Liverpool
  1966/67 - Manchester Utd
  1967/68 - Manchester City
  1968/69 - Leeds United
  1969/70 - Everton
  1970/71 - Arsenal
  1971/72 - Derby County
  1972/73 - Liverpool
  1973/74 - Leeds United
  1974/75 - Derby County
  1975/76 - Liverpool
  1976/77 - Liverpool
  1977/78 - Nottingham Forest
  1978/79 - Liverpool
  1979/80 - Liverpool
  1980/81 - Aston Villa
  1981/82 - Liverpool
  1982/83 - Liverpool
  1983/84 - Liverpool
  1984/85 - Everton
  1985/86 - Liverpool
  1986/87 - Everton
  1987/88 - Liverpool
  1988/89 - Arsenal
  1989/90 - Liverpool
  1990/91 - Arsenal
  1991/92 - Leeds United
   Início da Premier League
  1992/93 - Manchester Utd
  1993/94 - Manchester Utd
  1994/95 - Blackburn
  1995/96 - Manchester Utd
  1996/97 - Manchester Utd
  1997/98 - Arsenal
  1998/99 - Manchester Utd
  1999/00 - Manchester Utd
  2000/01 - Manchester Utd
  2001/02 - Arsenal
  2002/03 - Manchester Utd
  2003/04 - Arsenal
  2004/05 - Chelsea
  2005/06 - Chelsea
  2006/07 - Manchester Utd
  2007/08 - Manchester Utd
  2008/09 - Manchester Utd
  2009/10 - Chelsea
  2010/11 - Manchester Utd





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