06/06/2015

Djokovic sofre, mas vence Murray e faz final em Paris

Em duelo de dois dias, Novak Djokovic enfrentou seu mais difícil adversário até aqui em Paris. Contra Andy Murray, pela semifinal de Roland Garros, o sérvio suou mais do que esperava após abrir 2 a 0, perdeu seus dois primeiros sets na competição, viu o jogo ser interrompido na sexta-feira por falta de luz natural e retomado no sábado...
Mas o número 1 do mundo conseguiu vencer com parciais de 6/3, 6/3, 5/7, 5/7 e 6/1. Agora, ele disputará pela terceira vez a final do torneio, contra o suíço Stan Wawrinka, tentando o título inédito, o único que lhe falta em um Grand Slam.
Esta será a 16ª final de Majors de Djokovic. Sem perder nenhum set até a semifinal, o nº 1 do mundo terá nova chance de sagrar-se campeão depois de ter perdido as finais de 2012 e 2014 para Rafael Nadal, quem eliminou nas quartas.
O sérvio já conquistou cinco vezes o Australian Open (2008, 2011, 2012, 2013 e 2015), duas vezes Wimbledon (2011 e 2014), e uma vez o US Open, em 2011. O torneio francês, portanto, é o único que lhe resta entre os Grand Slams.
Até o fim de 2013, o retrospecto entre Djokovic e Murray era extremamente equilibrado. Na final de Wimbledon daquele ano, o britânico comemorava o título e a sua 8ª vitória sobre o rival, enquanto o sérvio tinha nove.
No entanto, apesar de o escocês nº 3 do ranking também viver grande momento, a boa fase do melhor do mundo é absurda. Foram mais dez confrontos desde então, contando o desta sexta e sábado, e todos com triunfo de Djoko. Na atual temporada, os dois fizeram duas finais: no Australian Open e no Masters 1000 de Miami.
Sob os olhares de Gustavo Kuerten, tricampeão em Roland Garros, a partida que teve início sexta-feira começou equilibrada, com os games bastante disputados e longos. Mas, aos poucos, Djokovic passou a mostras suas armas, especialmente nas subidas à rede, com 100% de aproveitamento no quesito. Murray, por sua vez, não pontuou em nenhuma das sete vezes em que tentou a aproximação.
O sérvio precisou somente de uma quebra para administrar a vantagem e fechar em 6/3 a parcial. No segundo set, o britânico até começou mais animado, mas logo que recebeu a quebra se perdeu e passou a errar muito mais que o nº 1 do mundo - foram 13 erros não forçados contra 6. Com mais uma quebra, Djoko fez novo 6/3.
A disputa ficou mais equilibrada no terceiro set, com o britânico retomando a forma. Melhorando o jogo de rede e errando menos, Murray incendiou a partida. Enquanto a torcida aplaudia de pé as jogadas do vibrante escocês, ele conseguiu a quebra para fazer 6/5 e vencer logo em seguida.
Após a derrota na parcial, Djokovic foi aos vestiários para receber atendimento médico - ele já havia pedido assistência no primeiro set -, criando alguns momentos de apreensão nas arquibancadas. Mesmo assim, após alguns minutos, retornou para alívio geral.
Logo no segundo serviço ele cedeu o break-point para o britânico. No game seguinte, porém, Murray começou a reclamar da falta de luz. Passando das oito horas da noite, começou a escurecer rapidamente. Então, o duelo foi interrompido quando estava 3 a 3 no quarto set e retomado às 13h local (8h de Brasília) de sábado.
Neste sábado, Murray voltou ligado e novamente quebrou o saque do adversário no 5 a 5 e confirmou a vitória no quarto set, 7 a 5. O britânico, porém, voltou a demonstar sua instabilidade, levou duas quebras, e Djokovic conseguiu se recuperar facilmente, 6 a 1.
O finalista, agora, irá enfrentar o suíço Stan Wawrinka, nono colocado no ranking da ATP, que eliminou o anfitrião Jo-Wilfred Tsonga, nesta sexta-feira, por 3 sets a 1.

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