31/05/2015

Fluminense vence Flamengo por 3 a 2 e se afasta do Z-4

Não se pode reclamar da falta de emoção em um Fla-Flu. Há, sempre, de tudo um pouco. Desde arbitragem polêmica a pênalti e expulsões inexistentes, técnico estreante e show de artilheiro. Pois Fred anotou dois, chegou aos 107 na era de pontos corridos, um recorde, e o Fluminense venceu o Flamengo por 3 a 2 no Maracanã. Jogo de pouca técnica, mas eletrizante. Do início ao fim.
Com o resultado, o Flu chegou ao nono lugar, com sete pontos. Já o Flamengo, ainda sem vencer nas quatro rodadas do Brasileiro, permanece com um ponto, em 18º, na zona de rebaixamento.
Na próxima rodada, o Flamengo vai até Belo Horizonte enfrentar o Cruzeiro, quarta, às 22h, no Maracanã. Na quinta, o Fluminense receberá o Coritiba, às 16h, no Maracanã.
Fla-Flu tem por característica ser não apenas o clássico mais charmoso, mas, também, o mais emocionante. E quanta emoção. Desde o início. Há de tudo um pouco. Desde a promessa de Xerém, Gerson, lançando bola na área, até dividida de bola na área entre Vinicius e Pará. Sandro Meira Ricci resolveu apimentar o clássico. Pênalti. Inexistente. Mas Fred não tem nada com isso. Com sete minutos, ele cobrou com calma de artilheiro. Bola de um lado, Paulo Victor do outro. Fluminense 1 a 0. Tão cedo. Tão Fla-Flu.
Clássico de recordes. Nesta penalidade, Fred anotou seu gol número 106 na era de pontos corridos do Campeonato Brasileiro, recorde ao lado de Paulo Baier. Clássico, também, de estreias. Cristóvão Borges, à beira do gramado, tentava organizar o Flamengo em gestos. Mas o time era uma correria só, sempre optando por lançar bolas na área tricolor, facilmente rebatidas.
O Fluminense, vantagem no bolso, era mais cerebral quando tinha posse de bola. Vinícius, Wagner e Gerson tramavam boas jogadas no meio, de pé em pé, com Fred preocupando a defesa na frente. Quando chegava, o time tricolor era perigoso. O Flamengo era afoito. Mas nada indicava vitória certa. Era Fla-Flu.
Aos 26 minutos, Canteros levantou bola na área, Wallace tocou e por pouco a bola não parou no gol de Cavalieri. Dois minutos depois,o argentino lançou Alecsandro na área, mas ele chegou atrasado. O Flamengo esbarrava em si mesmo. O Flu esperava. Sabia que teria a hora certa. E ela veio aos 32 minutos, em roubada de bola.
Renato acelerou pelo lado direito, nas costas de Armero, foi à linha de fundo a bateu rasteiro. Fred, na segunda trave, fatalmente faria o gol não fosse Pará, que fez questão dele próprio tocar, de carrinho, para o fundo da própria rede. 2 a 0. Jogo, então, decidido? Não em um Fla-Flu. É daqueles clássicos em que o certo dá errado e o errado dá certo. Quem tem a vantagem, adormece. Quem tem a desvantagem, desperta. Tão Fla-Flu.
E o lado rubro-negro, sabe-se lá o porquê, despertou depois de sofrer o segundo gol. Armero pediu passagem aos 36 minutos, foi à ponta esquerda e cruzou na cabeça de Alecsandro, que no meio da zaga achou a bola e fez belo gol de cabeça. 2 a 1. A massa rubro-negra, em maioria, inflamou. O time foi para o abafa, esquecendo técnica e tática. Paulinho, aos 43 minutos, quase marcou de canhota. E o primeiro tempo chegouao fim.
Na segunda etapa, o Flamengo voltou animado, disposto a arrancar o empate. Marcelo Cirino entrou na vaga de Arthur Maia. Com segundos, Everton roubou bola e disparou pela esquerda, cruzando pela área. Parecia o Flamengo melhor. Parecia. Mas Fla-Flu...basta um minuto.
Foi o tempo suficiente para o Fluminense encaixar linda jogada. Vinícius achou Gerson em contra-ataque pela direita. Na grande área, a revelação tricolor fez Armero de criança, driblou com facilidade e, tranquilo, rolou para Fred bater rasteiro, no contrapé de Paulo Victor, e anotar o seu 107º gol na era de pontos corridos. Absolutos. Fred e Flu. 3 a 1.
O terceiro gol foi golpe grande no Flamengo. O clássico parecia, enfim, decidido para o Fluminense. Mas algo ajudou. Gerson, lesionado, deixou o campo. E Sandro Meira Ricci, dotado de sua tradicional falta de habilidade para soprar o apito, cometeu mais um erro crasso, tal qual o pênalti tricolor. Giovanni tentou dividir bola com Cirino na esquerda da defesa tricolor. Lance bobo. Ricci, peito estufado, puxou o vermelho e anotou expulsão injusta. O jogo, por linhas tortas, revivia.
Cristóvão Borges percebeu. De imediato, sacou Pará para a entrada de Gabriel, pelo lado direito. O Flamengo lançou-se, então, ao ataque desesperadamente. Talvez por isso não tenha apresentado real perigo. Diego Cavalieri, em sua meta, não teve tanto co o que se preocupar. Em duas cabeçadas fracas de Everton, pegou a bola com facilidade. O Fluminense, em um contra-ataque, quase ampliou, mas Wellington Silva mandou por cima do gol.
O jogo parecia definido. Sem esperanças. Mas Fla-Flu....Aos 40 minutos, Marcelo Cirino caiu pela esquerda e cruzou para a área. Eduardo da Silva, mansinho, tocou de cabeça para o fundo do gol. 3 a 2. Na pressão, o Flamengo tentou o empate, arrancou gritos da arquibancada. Mas o Fluminense conseguiu se segurar. Tão Fla-Flu.

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