Tupi vence Macaé por 2 a 1 e entra no G-4

Coberto de confiança - e até um pouco de displicência -, Romário mandou para fora a chance que o Macaé tinha de reagir neste sábado, no Estádio Moacyrzão. Àquela altura, um gol seria um alento e tanto para a equipe que foi surpreendida por um Tupi muito bem postado tecnicamente e, sobretudo, letal nos contra-ataques: foi assim que o Galo matou a partida válida pela décima rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, venceu por 2 a 1 e retomou seu lugar no grupo dos quatro melhores colocados da competição.

A sobrevida do Alvianil esteve nos pés do atacante, que pela terceira vez em quatro jogos entrou no segundo tempo e, pela terceira vez em quatro jogos, teve um pênalti a seu favor. Mas a defesa do goleiro Rodrigo caiu como um balde de água fria sobre a equipe de Junior Lopes, que sofreu com uma apatia crônica no primeiro tempo. As entradas de Bruno Alves e Balotelli melhoraram a equipe, mas nada que pudesse evitar a derrota que a deixa em quinto lugar, com 14 pontos.

Já o Tupi, que nada tinha a ver com a má atuação do adversário, praticamente fez o que quis na primeira etapa. Os gols marcados pelo zagueiro Wesley Ladeira e Maguinho - o segundo, em um contragolpe veloz, já no fim da partida - interromperam uma sequência de três empates seguidos da equipe e, de quebra, ainda acabaram com a invencibilidade que o Macaé ostentava dentro do Moacyrzão até então. Os comandados de Léo Condé pegaram o elevador com a vitória e, com 16 pontos, saltaram para terceiro.

As duas equipes voltam a campo no próximo final de semana. O Macaé viaja até o interior paulista para enfrentar o São Caetano no domingo, às 16h, no Anacleto Campanella. Já o Tupi pega o Juventude no sábado, às 16h, em Muriaé.

Tupi tem boa atuação no Moacyrzão e pula para terceiro lugar na tabela (Foto: Tiago Ferreira / Divulgação)

Só deu Tupi

O Tupi entrava no gramado do Moacyrzão ciente de que teria uma difícil missão pela frente. Afinal, a qualidade do Macaé parecia sobressaltada quando a equipe atuava em casa. Porém, em uma tarde apática dos donos da casa, certamente nem o técnico Léo Condé achava que o Galo dominaria todo o primeiro tempo de uma maneira tão natural. Com uma saída forte pelo lado direito, onde Marcelinho e Maguinho infernizavam a vida do Alvianil, o Tupi criou as melhores chances. 

O gol não demorou muito a sair. No lugar certo e na hora certa, o zagueiro Wesley Ladeira colocou a cabeça na bola que havia sobrado da cobrança de falta e abriu o placar. Na frente, o Tupi não abdicou de jogar e quase fez o segundo com Maguinho. A equipe de Junior Lopes parecia não ter meio de campo, o que certamente era fruto de uma apagada atuação da dupla Marquinho e Digão. João Carlos, por consequência, ficava isolado no ataque e pouco recebia a bola. O treinador chegou até a colocar os reservas no aquecimento antes do intervalo, tamanha a apatia da equipe. Mas não mexeu no time.

Lucas foi o melhor jogador do Macaé em campo, mas, sozinho, nada pôde fazer (Foto: Tiago Ferreira / Divulgação)

Assim não, Romário!

As alterações aconteceram mesmo foi no intervalo. Bruno Alves e Romário entraram no lugar de Digão e João Carlos, respectivamente. A equipe basicamente ganhou mais velocidade, já que a maneira de jogar permaneceu a mesma: os atacantes isolados só mudaram de nome. No entanto, a postura do Macaé também parecia diferente. Os jogadores entravam nas jogadas com mais força, mais determinação. E nesse jogo, quem se destaca é Lucas. O volante regia as subidas alvianis, mas, ao mesmo tempo comandava a defesa.

Foi num passe do camisa 5 que o Macaé conseguiu um pênalti, sofrido por Daniel. Romário, como fizera nas duas últimas partidas em que entrara na segunda etapa, foi para a cobrança, mas a batida displicente parou nas mãos do goleiro Rodrigo. No desespero, Balotelli foi lançado em jogo, mas pouco fez a não ser perder o gol que originou um contra-ataque letal do Galo: Élder passou para Maguinho, que, sozinho, fez o segundo e matou a partida.