O Boavista garantiu hoje, em termos matemáticos, a manutenção na I Liga portuguesa de futebol, ao receber e vencer o Moreirense, por 3-1, numa partida da 31.ª jornada em que os quatro gols foram obtidos de cabeça.
Os ‘axadrezados’ têm 33 pontos, mais dez do que o penúltimo classificado, o Gil Vicente, quando restam três jogos e nove pontos por disputar.
Os adeptos boavisteiros festejaram ainda o regresso de um autêntico símbolo da casa, o veterano Fary, que, aos 40 anos, voltou a pisar um campo de futebol após uma longa paragem devido a lesão. Foram apenas cerca de dois minutos, mas bastou para o jogador e o estádio celebrarem com muita emoção.
O encontro valeu pelos golos, todos marcados de cabeça, e o Boavista ganhou porque foi mais forte e objetivo do que o Moreirense, em especial durante a segunda parte, e soube tirar partido das suas ‘armas’.
Os visitantes entraram melhor e aos 12 minutos introduziram mesmo a bola na baliza ‘axadrezada’, por Battaglia, mas o árbitro, por indicação de um dos seus auxiliares, anulou o lance por fora de jogo.
Com o relvado sintético imune à chuva miudinha que se fez sentir, permitindo que a bola rolasse normalmente, as duas equipas entregaram-se a um futebol de muito contacto e com muita luta pela bola.
O Boavista marcou aos 23 minutos, na sequência de um canto apontado por Tengarrinha. Idris impôs-se entre os centrais adversários, cabeceou e fez o 1-0, com a bola a sofrer um desvio decisivo antes de entrar na baliza de Marafona.
O golo mexeu com o Moreirense, que quase sofreu novo golo aos 26 minutos. Brito fugiu pela esquerda, cruzou e Zé Manuel desviou a bola para a baliza, tendo Marafona feito uma grande defesa e evitado assim que o Boavista ampliasse a sua vantagem.
Na segunda parte, o Boavista fez o 2-0 num lance similar ao do primeiro golo. Brito marcou um canto e Idris voltou a surpreender a defesa visitante com uma cabeçada certeira e indefensável (58).
O Moreirense reagiu e ainda reduziu para 2-1, por Edivaldo Bolívia, também após um canto e também através de uma cabeçada.
O golo da equipa de Moreira de Cónegos deixou em aberto o desfecho deste jogo, mas o Boavista mostrou-se seguro, controlou o meio-campo e acabou até por fazer o 3-1 final, numa altura em que o Moreirense, aparentemente, dava sinais de algum desgaste físico.
Acresce que o futebol ‘axadrezado’ ganhou lucidez com a entrada de Merk Cech e foi no pé esquerdo do médio eslovaco que começou a jogada de que resultou o terceiro golo do Boavista.
Marek Cech serviu Afonso Figueiredo, este cruzou muito bem e Zé Manuel finalizou ainda melhor, de cabeça e sem hipótese para o guardião Marafona.
Foi a oitava vitória caseira do Boavista, que alcançou assim o seu grande objetivo, a permanência, no ano em que regressou à I Liga após seis anos nos escalões secundários.
Para o Moreirense, a derrota sofrida hoje, a sétima fora de casa, não alterou nada do que era importante para a equipa. O Moreirense já tinha garantido a manutenção, o seu principal objetivo para esta época.
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