30/08/2014

Guaratinguetá vence o Duque de Caxias e entra no G-4 do Grupo B

Noventa minutos poderiam ser uma eternidade. Por isso, o Guaratinguetá precisou de apenas metade desse tempo para atropelar o Duque de Caxias neste sábado, dentro do Estádio Marrentão, pela 13ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. Pouco menos de 300 torcedores testemunharam uma estreia trágica de Fahel Júnior no comando do Tricolor da Baixada, mas, ao mesmo tempo, puderam ver um futebol envolvente do Guará – pelo menos no primeiro tempo -, que construiu um 3 a 0 com uma facilidade impressionante e assumiu temporariamente a terceira colocação do grupo.
Fahel parecia perdido à beira do campo. Há apenas três dias, ele sequer imaginava que poderia estar ali naquela área técnica assistindo a uma surra de sua equipe sem poder fazer nada. A prova do desespero do treinador foi a substituição, logo aos 10 minutos do primeiro tempo, de Thiago Barreiros por Matheus Ortigoza, quando o jogo já estava 1 a 0 para os paulistas. Agora, o treinador terá sua primeira semana de trabalho à frente da equipe, lanterna da competição, podendo ter a ingrata missão de ter que tirar nove pontos de vantagem de Guarani (9º) e São Caetano (8º) – os dois times entram em campo no domingo.
Duque de Caxias x Guaratinguetá (Foto: Vitor Costa/Duque de Caxias FC)Duque de Caxias é atropelado pelo Guaratinguetá (Foto: Vitor Costa/Duque de Caxias FC)
Já para o Guaratinguetá, o sábado foi de festa. A atuação quase que irretocável no primeiro tempo foi mais que o suficiente para deixar o Duque sem reação e colocar no bolso os três pontos, que levam a equipe aos 19 pontos e a coloca temporariamente no terceiro lugar. O destaque vai para Camacho (ironicamente, ex-Duque), que marcou dois gols na vitória. Rafinha fez o outro. 
As duas equipes voltam a campo no próximo sábado, pela 14ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. O Guaratinguetá recebe o Guarani às 15h, no Dário Rodrigues Leite, enquanto o Duque enfrenta o Caxias, às 16h, no Los Larios.
FESTA DA GARÇA
Os primeiros 45 minutos (fora os dois de acréscimo) de Fahel Júnior no comando do Duque de Caxias foram um verdadeiro desastre. Um desastre que se deu por etapas. Um dos únicos jogadores que vinham se destacando na má campanha do Duque até aqui, Ortigoza foi deixado no banco pelo treinador, que mudou de idéia antes dos 10 minutos: colocou o atacante no lugar de Tiago Barreiros. O meia saiu irritado. Àquela altura, no entanto, o Guaratinguetá já tinha a vantagem do placar – Camacho entrou na área com uma liberdade tremenda e fez 1 a 0 para os visitantes logo aos cinco minutos. Como se não bastasse a situação complicada, Fahel precisou tirar Gabriel, com dores, e botar Jucemar no jogo ainda no primeiro tempo.
Primeiro tempo, aliás, que foi uma verdadeira festa da Garça. Sem ter nada a ver com a má fase do adversário, o Guará mandava no jogo, tinha mais posse de bola e dificilmente não encerrava seus lances de ataque com chutes a gol. A zaga do Duque tirou uma bola muito perto da linha em um lance. No outro, foi o bandeira que assinalou o impedimento de Denílson e anulou o gol. Porém, quando Rafinha apareceu sozinho na área, não teve zaga nem árbitro para evitar o segundo: 2 a 0. Aos 47, o Guará ainda achou fôlego para fazer uma boa triangulação no ataque e marcar o terceiro com Camacho, mais uma vez. A primeira etapa só não foi perfeita para a equipe paulista porque o técnico Fernando Diniz foi expulso por reclamação.
MELHOR NÃO ARRISCAR
Três a zero, apenas no primeiro tempo. O Guaratinguetá, claro, estava satisfeito com o resultado. Os paulistas não abriram mão de tentar o quarto na etapa complementar, mas o ímpeto nitidamente não era mais o mesmo. O Duque cresceu no jogo, passou a ter mais volume. Porém, o Guará parecia, de vez em quando, tentar um ataque meramente para mostrar que estava ali. Nada muito agudo.
Quem precisava do gol era o Duque, mas a limitação técnica era um adversário ainda maior que os 11 jogadores que estavam do outro lado do campo. Com duas substituições já efetuadas, restou ao técnico Fahel Júnior sacar o zagueiro Victor para botar o meia-atacante Rafinha no jogo. Mesmo assim, o segundo tempo se arrastou sem muita emoção: com um Duque tentando diminuir a vantagem atabalhoadamente e um Guaratinguetá se limitando a apenas defender. 

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