Segundo colocado na fase de classificação do NBB, o Paulistano teve o direito de abrir a série de quartas de final contra o Franca, sétimo colocado, jogando em seu ginásio, o Antonio Prado Júnior, e conseguiu a vitória por 82 a 72, fazendo 1 a 0 na série melhor de cinco das quartas de final do NBB. No entanto, essa vantagem não foi tão bem utilizada, ao menos nas arquibancadas. Faltando cinco minutos para começar a partida, as arquibancadas do anfitrião ainda estavam vazias, e os cerca de 200 torcedores do Franca gritavam "Cadê a torcida?". Aos poucos, os sócios do clube Paulistano lotaram o ginásio, e o número de torcedores de cada uma das equipes ficou praticamente o mesmo. O barulho dos visitantes, porém, foi infinitamente maior durante toda a partida, mas não o suficiente para que a equipe saísse com a vitória.
Torcida empurra o Franca diante do Paulistano em São Paulo (Foto: Allan Conti/Divulgação)
Aos poucos, os torcedores do Paulistano perderam a timidez, apoiaram seu time e, ao término do jogo, gritaram várias vezes o nome do clube em sinal de apoio. Entre os fãs do Paulistano estavam mais de 30 crianças de duas escolas convidadas pelo clube para acompanhar o jogo. O treinador do Paulistano, Gustavo De Conti afirma que tem "ouvido seletivo".
- Eu sou ouvi a torcida do Paulistano, que é a que me interessa - resumiu o treinador, sorrindo.
O destaque da partida foi o ala americano Holloway, que marcou 23 pontos e apanhou cinco rebotes. O ala pivô César marcou 15 pontos e também se destacou, principalmente nos dois últimos quartos.
Pilar, do Paulistano, passa pela marcação de Paulão (Foto: Allan Conti/Divulgação)
Pelo lado de Franca, o pivô Paulão Prestes, de 2,10m fez de tudo na partida. Marcou 18 pontos, pegou dez rebotes, teve nome ovacionado pela torcida do Franca, foi xingado pelos fãs do Paulistano, reclamou da arbitragem e foi punido com falta técnica.
Um fato inusitado interrompeu a partida por quase dez minutos no intervalo do terceiro para o quarto período. O americano Holloway, do Paulistano, tentou uma arremesso de três no último segundo e a bola pegou em cheio no placar em cima da tabela, que é usado para mostrar a regressiva do tempo de ataque da equipe. Após muita discussão e tentativa de arrumar o placar, ficou decidido que o relógio da outra tabela seria desligado e que seriam utilizadas apenas as máquinas localizadas na parede do ginásio.
Placar eletrônico quebrou após bolada de Holloway (Foto: Guilherme Costa)
As duas equipes voltam a se enfrentar nesta terça-feira, também no Ginásio do Paulistano, às 21h. A terceira partida será no próximo domingo, às 11h, em Franca.
O JOGO
Com o apoio da torcida, o Franca iniciou a partida muito melhor e, com quatro minutos de jogo abriu 9 a 2, utilizando muito bem o jogo com o pivô Paulão. O técnico do Paulistano, Gustavo De Conti, pediu um tempo técnico, ajustou a marcação, mas não foi suficiente para a equipe encostar no placar. Ao término do primeiro quarto, a vantagem do time do interior paulista era de 19 a 14.
Briga pelo rebote foi intensa durante toda a partida (Foto: Allan Conti/Divulgação)
A recuperação do Paulistano veio no início do segundo quarto, quando Paulão foi para o banco de reservas descansar. Desta forma, o pivô do Paulistano Mineiro dominou o garrafão e o empate veio na metade do período com uma bola de três de americano Dawkins, deixando o placar em 29 a 29. Minutos depois, outro americano, Holloway, colocou o time da casa à frente. As duas equipes seguiram se revezando na liderança da partida e o primeiro tempo foi encerrado com vitória do Franca por 38 a 36.
O terceiro quarto começou nervoso, com muitas jogadas duras, atletas caindo no chão para disputar a bola e uma série de erros dos dois lados. Após cinco minutos, o Paulistano tinha marcado sete pontos, o Franca apenas dois, e o placar estava 43 a 40 para os donos da casa.
Figueroa é marcado pelo americano Dawkins(Foto: Allan Conti/Divulgação)
O Franca seguiu errando demais no ataque, tanto nos arremessos quanto em infrações como andar com a bola ou estourar os 24 segundos no ataque. Enquanto isso, o Paulistano passou a acertar os contra-ataques e abriu 10 pontos de vantagem, 52 a 42. No fim do quarto, quando o Franca ameaçava uma recuperação, o pivô Paulão reclamou da marcação da arbitragem, levou falta técnica e o Paulistano teve a chance de abrir novamente diferença. Os dez últimos minutos de jogo começaram com o placar de 55 a 50 para os donos da casa.
Após a paralisação de dez minutos devido ao problema no placar, o quarto começou com os dois times alternando cestas e a diferença se mantendo entre quatro e sete pontos. O ginásio virou um caldeirão, com a torcida do Franca fazendo mais barulho e a do Paulistano tentando empurrar a equipe, gritando principalmente após as cestas de sua equipe.O Paulistano seguiu à frente no placar e terminou com a vitória por 82 a 72.
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