16/08/2013

Jornal: esquema de desvio de renda de jogos da Seleção ainda continua

O jornal O Estado de S. Paulo, que na última quinta-feira revelou um esquema de desvio de renda dos amistosos da Seleção Brasileira entre 2006 e 2012, durante a gestão de Ricardo Teixeira na CBF, publicou nesta sexta informações que levam a crer que a prática continua até hoje - e foi inclusive ampliada pelo ex-dirigente. Pouco antes de sua saída, em março do ano passado, Teixeira renovou por 10 anos o contrato com a ISE, empresa que negocia os jogos da Seleção e envolvida no esquema. Segundo documentos acessados pelo jornal, o novo contrato tem um valor inferior em US$ 100 mil (R$ 230 mil) em relação ao anterior, mas o montante desviado passou de US$ 450 mil por partida (R$ 1 milhão) para cerca de US$ 800 mil (R$ 1,8 milhão).

Com os valores do contrato anterior, o esquema funcionava da seguinte forma: a partir de cada jogo, eram repassados para a ISE, empresa com sede nas Ilhas Cayman, como lucros da partida, cerca de US$ 1,6 milhão (R$ 3,7 milhões). Desse total, US$ 1,1 milhão (cerca de R$ 2,5 milhões) seguia de volta para a CBF como pagamento pelo cachê. Mas o restante – cerca de US$ 500 mil (R$ 1,1 milhão) – não era contabilizado para a entidade. Pelo contrato obtido pelo Estado de S. Paulo, US$ 450 mil (R$ 1 milhão) por jogo seriam encaminhados para contas nos EUA, em uma empresa de propriedade de Sandro Rosell, atual presidente do Barcelona e amigo pessoal de Teixeira. O ex-presidente da CBF, inclusive, voltou na última quinta-feira ao Brasil para tratar de questões financeiras, segundo o jornal.

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