Se sobrou algum sentimento na equipe Pinheirense vindo da derrota sofrida no confronto direto diante de São José, na última quinta, isso foi descontado na partida de ontem. E a vítima foi Mogi das Cruzes, que pouco pôde fazer. Os donos da casa venceram por inapeláveis 118-82, e além de se recuperar no NBB (divide o 4° com Bauru com campanha de 17-9) e agora viajam com moral para jogar mais uma fase da Liga das Américas na semana que vem (contra Flamengo, Lanus-ARG e Mavort-EQU). Com a derrota, o Mogi se manteve fora da zona dos playoffs (13° lugar / 10-17).
“Conseguimos dominar os rebotes e jogar no contra-ataque, que nos proporciona atacar em vantagem numérica e pontuar mais facilmente. Todo o time está se empenhado nisso, e essa foi a diferença do jogo”, disse Rafael Mineiro.
O Pinheiros se impôs desde o começo, e com muita disposição mostrou todo seu poderio ofensivo já no primeiro quarto, no qual venceu por 28 a 16, e já deu uma prévia do que ainda estava por vir. No segundo período, nada se alterou. O Pinheiros continuou dominante, pontuando em quase todas as jogadas, principalmente nos contra-ataques, enquanto Mogi não conseguia encaixar sua marcação, além de cometer diversos erros no ataque. Por isso foi para o intervalo em enorme desvantagem (53-32).
Nos primeiros minutos após o intervalo, Mogi tentou aplicar uma marcação mais agressiva, mas não durou muito tempo, não funcionou. Pinheiros girou muito bem a bola e no fim da rotação sempre encontrou o chute livre. O momento que mais chamou a atenção no período foi uma falta pesada que o Shamell recebeu numa tentativa de arremesso de três. Saiu e não voltou mais, porém, pelo que ele mesmo me disse, só foi um choque, nada que preocupe. No último quarto, já com a situação definida, o técnico Cláudio Mortari pôde girar o seu elenco em quadra. Os reservas mantiveram o bom nível, e como é uma bela oportunidade de mostrar serviço, não deixaram o ritmo cair.
Ao final da partida, Babby lamentou a derrota: “No começo perdemos um pouco do foco devido às decisões da arbitragem, que nos atrapalhou um pouco no primeiro e segundo quarto, mas isso não justifica nossos erros. O time do Pinheiros é de alto nível em todas as posições e está de parabéns. Por estarem em casa, conseguiram impor o jogo rápido no primeiro tempo e depois só administraram”.
Pelo lado vencedor, questionado se o jogo contra Mogi amenizaria a derrota para São José, Shamell foi enfático: “Acho (que a vitória) vem para apagar um monte de derrotas que sofremos na temporada. Precisávamos de uma vitória assim para dar moral e confiança. Temos um trabalho muito duro agora entre NBB e Liga das Américas. Foi bom ver todo mundo mais feliz, além de ver os meninos poderem entrar na partida para ganhar mais experiência”.
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